"Que
a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem
barômetros. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento
que a coisa produza em nós."
(Manoel
de Barros)
AS COISAS QUE
O AFETO ENSINA...
Este é o nome de um artigo que li há tempos, de um
educador chamado Marcelo Bueno. Gosto muito de ir e vir, de transitar textos de
acordo com o meu estado de espírito. Inquietar e me inspirar com a diversidade
é o que procuro fazer na educação.
Este
sentimento brotou no sábado passado quando guiei uma assessoria para um grupo
de professores de uma escola que trabalha com a primeira infância.
Terminei
o trabalho com mais uma confirmação de que Afeto
é afetar, independente da idade do aluno.
Compartilho
o que autor descreveu em seu blog “Afeto
é afetar. É o compromisso de transformar o outro”. O coletivo a transformar a
sua vida? Somos marcados por mapas afetivos para sempre! Escuto muitas pessoas
dizendo que escolheram as suas profissões por conta de um professor específico.
Por quê? Pela forma como esse professor afetou você pelo conhecimento. O afeto
está na preparação da aula. Nas escolhas do professor. Na voz, no toque, nos
pequenos gestos. No silêncio, na forma como esse avalia. Aprendi que de nada
vale estar em uma superescola, com um supermaterial, num superespaço, numa
superlinha pedagógica se não há seres capazes de afetar e dispostos a serem
afetados pelos outros! Afeto é o que fica. Esse afeto que percebe que o educar
se faz nas miudezas. É ele que vai além de toda a tecnologia pedagógica atual”.
FONTE: marcelocunhabueno.blogspot.com
Fica a pergunta:
Será que a educação a distância afeta? Não estou me referindo apenas a virtual,
nem desdenhando da possibilidade que a evolução tecnológica possibilitou para
muitas pessoas. Estou falando daquela de corpo presente e alma distante, de professores
virtuais, embora presenciais. Acredito naquele gesto, no timbre da voz, no
espaço cuidadosamente preparado, na linguagem corporal, no LER criança com razão
e coração.