
“As crianças não brincam de brincar. Brincam de verdade…
Triste de quem não conserva nenhum vestígio da infância…”
(Mário Quintana)
Na primeira quinzena de julho o nosso grupo representou o Brasil em um Congresso Internacional de Psicomotricidade. O nosso projeto unido aos princípios da psicomotricidade foi objeto de reflexão no ateliê desenvolvido em Paris por intermédio do ISPE-GAE (Instituto Superior de Psicomotricidade).
O trabalho desenvolvido teve como tema: “O olhar da psicomotricidade na construção de brinquedos com materiais reutilizáveis”. Unimos o caráter lúdico da construção de brinquedos à consciência ecológica. Além disso, apresentamos o brincar no processo de aprendizagem, resgatando possibilidades de articulação de raciocínios, de expressão visual, auditiva, proprioceptiva e cinestésica.
Os objetos construídos com materiais reutilizáveis em que o lixo possui outra finalidade, que não seja o retorno no ciclo de produção original, é muito significativo, pois analisando o aspecto afetivo percebemos que o indivíduo ao construir o brinquedo, carrega inconscientemente a mensagem de lidar com o velho, com o que já foi usado, modificando-o e valorizando-o. O aspecto cognitivo está em imaginar e criar novas alternativas a partir de uma situação pré-determinada, além do valor ecológico e de cidadania (redestinar o material para que ele seja reaproveitável e ganhar uma nova finalidade, não ficando mais perdido em aterro de lixo).
Na cultura brasileira encontramos uma grande variedade de brinquedos criados a partir de objetos simples e reutilizados, tais como embalagens. Temos brinquedos de origem indígena, africana, européia, entre outras influências. Nos nossos tempos, muitos desses brinquedos ficaram esquecidos na memória de quem teve a oportunidade de passar sua infância em lugares mais livres da violência e menos influenciados pela cultura industrial.
A quantidade de lixo produzida diariamente por um ser humano é de aproximadamente 5 Kg. Se somarmos toda a produção mundial, os números são assustadores. Só o Brasil produz 240 000 toneladas de lixo por dia.O aumento excessivo da quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e perfil de consumo de uma população. Além disso, quanto mais produtos industrializados, mais lixo é produzido, como embalagens, garrafas,etc.
Segundo a secretaria do meio ambiente apenas 2% do lixo de todo o Brasil é reciclado! Uma garrafa plástica ou vidro por exemplo pode levar 1 milhão de anos para decompor-se. Uma lata de alumínio, de 80 a 100 anos. Porém, todo esse material pode ser reaproveitado, transformando-se em novos produtos ou matéria prima, sem perder as propriedades.
Quando reaproveitamos uma embalagem devemos estudar suas características (forma, cor, tamanho, flexibilidade, etc) para transformá-la no que queremos. Esse é um grande exercício de olhar e de apropriação desse objeto, para que possamos transcender sua função inicial.
A construção de brinquedos muitas vezes é acompanhada por um jogo ou uma brincadeira, logo, ampliamos a possibilidade terapêutica e educacional.
Concluo esta postagem agradecendo cada palavra de troca, de admiração, de comunhão... no nosso primeiro encontro internacional!
O trabalho desenvolvido teve como tema: “O olhar da psicomotricidade na construção de brinquedos com materiais reutilizáveis”. Unimos o caráter lúdico da construção de brinquedos à consciência ecológica. Além disso, apresentamos o brincar no processo de aprendizagem, resgatando possibilidades de articulação de raciocínios, de expressão visual, auditiva, proprioceptiva e cinestésica.
Os objetos construídos com materiais reutilizáveis em que o lixo possui outra finalidade, que não seja o retorno no ciclo de produção original, é muito significativo, pois analisando o aspecto afetivo percebemos que o indivíduo ao construir o brinquedo, carrega inconscientemente a mensagem de lidar com o velho, com o que já foi usado, modificando-o e valorizando-o. O aspecto cognitivo está em imaginar e criar novas alternativas a partir de uma situação pré-determinada, além do valor ecológico e de cidadania (redestinar o material para que ele seja reaproveitável e ganhar uma nova finalidade, não ficando mais perdido em aterro de lixo).
Na cultura brasileira encontramos uma grande variedade de brinquedos criados a partir de objetos simples e reutilizados, tais como embalagens. Temos brinquedos de origem indígena, africana, européia, entre outras influências. Nos nossos tempos, muitos desses brinquedos ficaram esquecidos na memória de quem teve a oportunidade de passar sua infância em lugares mais livres da violência e menos influenciados pela cultura industrial.
A quantidade de lixo produzida diariamente por um ser humano é de aproximadamente 5 Kg. Se somarmos toda a produção mundial, os números são assustadores. Só o Brasil produz 240 000 toneladas de lixo por dia.O aumento excessivo da quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e perfil de consumo de uma população. Além disso, quanto mais produtos industrializados, mais lixo é produzido, como embalagens, garrafas,etc.
Segundo a secretaria do meio ambiente apenas 2% do lixo de todo o Brasil é reciclado! Uma garrafa plástica ou vidro por exemplo pode levar 1 milhão de anos para decompor-se. Uma lata de alumínio, de 80 a 100 anos. Porém, todo esse material pode ser reaproveitado, transformando-se em novos produtos ou matéria prima, sem perder as propriedades.
Quando reaproveitamos uma embalagem devemos estudar suas características (forma, cor, tamanho, flexibilidade, etc) para transformá-la no que queremos. Esse é um grande exercício de olhar e de apropriação desse objeto, para que possamos transcender sua função inicial.
A construção de brinquedos muitas vezes é acompanhada por um jogo ou uma brincadeira, logo, ampliamos a possibilidade terapêutica e educacional.
Concluo esta postagem agradecendo cada palavra de troca, de admiração, de comunhão... no nosso primeiro encontro internacional!
(Dados epidemiológicos: pesquisa de Lara Loureiro).























