segunda-feira, 15 de junho de 2015

Mãos Pensantes

Aproveitando que a última postagem foi sobre formação, quero contar o que temos desenvolvido pensando em colaborar na formação de educadores. Já faz um bom tempo que nos envolvemos com a elaboração de cursos e encontros que auxiliem o professor a desenhar seu próprio caminho de atuação tendo uma especial atenção para o brincar. Desde 2013, chamamos esses cursos de Clima de Brincadeira, lembrando que o adulto precisa resgatar sua condição de brincante, precisa entrar no clima da brincadeira...
Agora estamos organizando todos os cursos que já oferecemos e criando novos. O primeiro que resolvemos divulgar chama-se Mãos Pensantes. Já estamos até com ideia de transformá-lo em um livro!

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Grandes educadores - recém formados

No grupo, todos somos educadores, independente da idade, da profissão e da formação. Todos, de alguma maneira contribuimos para a formação do outro. Isso porque nossa escola é a escola da vida, que não dá diploma, mas dá muita experiência. Educamos e aprendemos vivendo.
Mas nos últimos tempos, dois muriquinhos mais que especiais resolveram batalhar para formalizar seus conhecimentos e conseguiram, neste ano, a certificação da graduação. E esta postagem é para dizer PARABÉNS!!! João e Oscar, que este seja o começo de uma série de conquistas!
Agora temos um engenheiro mecânico muriquinho e um pedagogo muriquinho. Falta pouco para conquistarmos o mundo!! Porque o mundo é o nosso quintal!!



Ah1! E já que a homenagem é para os muriquinhos maridos, não podemos esquecer do Paulo (marido da Camila), engenheiro civil, especialmente especializado no desenvolvimento e desempenho do brinquedo vai e vem.

Ah2 (e muito importante)! Nossa chefinha Cássia, que é mais que especial, também está se especializando. Nem precisava, pois já é a melhor chefe do mundo, mas ela não gosta de ficar parada. É pró ativa ao máximo.

Ah3 (ainda em tempo...)! E assim como esses, são vários muriquinhos batalhando para cada vez mais tornar possível um mundo melhor.



segunda-feira, 25 de maio de 2015

Teares alternativos

Nós costumamos chamar nossos cursos para adultos de Clima de Brincadeira. Nesses encontros a proposta é resgatar memórias brincantes e se permitir novamente brincar. Desta vez para quem olhar rapidamente vai achar que a oficina nem é sobre brinquedos e brincadeiras. Mas quem participar vai entender direitinho o que os teares e as manualidades com fios tem a ver com o brincar.
Eu por exemplo, já estou me divertindo muito na pesquisa de engenhocas alternativas que servem como teares e produzem diferentes tramas... Aqui tem fotos de algumas delas, mas já estou providenciando outras.
Se der vontade de entrar no clima desta brincadeira muito apropriada para dias frios, ligue lá na Viveka para garantir sua vaga.




terça-feira, 12 de maio de 2015

Muriquinhos na Vivekinha - Parceria Saborosa

Este ano todo mês tem oficina do Muriquinhos na Vivekinha. A oficina de maio vai acontecer no dia 16. A proposta é brincar com a ideia de misturar arte e comida. Entre jujubas coloridas e imagens de obras de artistas que já exploraram esta ideia, cada participante poderá pensar em como a visualidade está presente nos vários ingredientes e receitas culinárias e criar desenhos e estruturas que mostrem todo o sabor de se expressar artisticamente.
Ligue lá na Viveka (2295-7961 ou 2225-1285) e reserve sua vaga.



segunda-feira, 13 de abril de 2015

"Que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós."
(Manoel de Barros)
AS COISAS QUE O AFETO ENSINA...
Este é o nome de um artigo que li há tempos, de um educador chamado Marcelo Bueno. Gosto muito de ir e vir, de transitar textos de acordo com o meu estado de espírito. Inquietar e me inspirar com a diversidade é o que procuro fazer na educação.
Este sentimento brotou no sábado passado quando guiei uma assessoria para um grupo de professores de uma escola que trabalha com a primeira infância.
Terminei o trabalho com mais uma confirmação de que Afeto é afetar, independente da idade do aluno.
Compartilho o que autor descreveu em seu blog “Afeto é afetar. É o compromisso de transformar o outro”. O coletivo a transformar a sua vida? Somos marcados por mapas afetivos para sempre! Escuto muitas pessoas dizendo que escolheram as suas profissões por conta de um professor específico. Por quê? Pela forma como esse professor afetou você pelo conhecimento. O afeto está na preparação da aula. Nas escolhas do professor. Na voz, no toque, nos pequenos gestos. No silêncio, na forma como esse avalia. Aprendi que de nada vale estar em uma superescola, com um supermaterial, num superespaço, numa superlinha pedagógica se não há seres capazes de afetar e dispostos a serem afetados pelos outros! Afeto é o que fica. Esse afeto que percebe que o educar se faz nas miudezas. É ele que vai além de toda a tecnologia pedagógica atual”.

FONTE: marcelocunhabueno.blogspot.com
Fica a pergunta: Será que a educação a distância afeta? Não estou me referindo apenas a virtual, nem desdenhando da possibilidade que a evolução tecnológica possibilitou para muitas pessoas. Estou falando daquela de corpo presente e alma distante, de professores virtuais, embora presenciais. Acredito naquele gesto, no timbre da voz, no espaço cuidadosamente preparado, na linguagem corporal, no LER criança com razão e coração.



 

 

segunda-feira, 16 de março de 2015

Clima de Brincadeira

É uma série de encontros/oficinas desenvolvidos pelo Grupo Muriquinhos especialmente para educadores e adultos brincantes.
Selecionamos da nossa bagagem algumas coleções de brinquedos e brincadeiras de muita estima. Juntamos a experiência de resgatar materiais que o grupo tem e a possibilidade de enxergar o brincar como uma bela história. Conversamos sobre tudo e organizamos cursos para professores e outras pessoas interessadas.
O adulto, em geral, acostumou-se com a rotina acelerada do mundo contemporâneo, sobrecarregando sua agenda com tarefas e trabalhos. O brincar foi aos poucos sendo empurrado para a área restrita da infância.
Não tendo tempo para brincar, o adulto distanciou-se dessa linguagem e alguns de seus valores acabaram esquecidos. Passou a não conseguir falar com, ou ouvir a criança, pois não entende sua linguagem.
É tempo de aclimar-se de novo. De entrar no clima de brincadeira. De se entregar ao brincar. Só assim a comunicação poderá fluir novamente!
Conheça alguns dos nossos temas/encontros:

- Jogo de corpo
- Por um fio
- Brinquedos que giram
- Brinquedos sonoros
- Brinquedos que voam
- Brinquedos molhados
- Brinquedos para a coordenação motora fina

E muito mais...
Entre em contato conosco e encomende o seu encontro brincante!

muriquinhos@gmail.com


Casa Lila


Projeto Casulo





terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Atlás de Muriquinhos

Calma, calma... não se assustem com o acento no título. Não foi porque fiquei tanto tempo sem postar nada por aqui que esqueci como se escreve essa palavra. Daqui a pouco vocês vão entender...
O caso é que nós vivemos de olhos, ouvidos e coração bem abertos para descobrir novos muriquinhos. E já encontramos com vários em nossas andanças. Gente que conhece verdadeiros tesouros do universo das brincadeiras. Gente que guarda cada detalhe do sabor de sua infância. Gente que fica com o olhar reluzente quanto o assunto é brincadeira. Gente que brinca.
Acontece que descobrimos uma muriquinha que é tudo isso e ainda gosta de brincar com as palavras. Para vocês entenderem, conseguimos a permissão dela para publicar um de seus textos:
"Na infância, da parte vivida na escola, tenho duas lembranças que retornam com saturno e foram vividas por mim, como recentes clarividências do passado, só que um pouco diferentes.

Uma: na biblioteca da sala, meu "livro" preferido era o Atlas. Sei lá... os contornos dos mapas pareciam tudo... menos a representação de territórios e afins. Nele estavam as fotografias-desenhos que tinham no teto de casa, desenhados pelas infiltrações das chuvas (principalmente das de janeiro) e pelos mofos.

E tem mais, atlas era a palavra que eu e o Cebolinha falávamos corretamente.
Quase toda semana era este o "livro" que eu emprestava do acervo da turma para levar pra casa. Achei a minha carteirinha esses dias e contei 37 empréstimos em 1993.

Duas: não aprendi a rodar pião por que me disseram que era brinquedo e brincadeira de menino.

E o mundo gira...e gira e gira...com e sem velocidade... e já com 30 anos, ainda na escola, percebo infâncias e observo a minha. Do outro lado. Da professora. Que desconfia ter uma orelha invisível, na parte de trás da cabeça.Num canto da sala, um menino que sempre pega o mesmo "livro" e que também pronuncia a palavra atlas corretamente quando quer dizer atrás, ouço assim:

- "Nuoossa mano! O mundo NÃO é ledondo.O mundo é um pião, só que sem a fieila!"

Descubro outro admirador de Atlas que se aproxima do colega e contesta:
- "Claro que tem fieira, aqui ó, é a linha do equador!".

Daí, instantes depois, na hora do recreio, brincadeira com pião, orelha invisível ativada, ouço uma assim:
- " Pála mano! Só a G. consegue soltá a fieila e rodá o pião!".

O mesmo colega, admirador de Atlas (e agora de piões), exclaaaama:
- "Nuoossa, mano! A G. tá com o mundo na mão!!!!".

Nunca gostei muito de geografia, só de Atlas e de ir atrás do que desperta o desejo desses pequenos. E tenho observado no território da(s) infância(s) - ainda que clandestinamente - cartografias de aprendizagens, afetos e movimento das placas tectônicas que quando se chocam ao invés de terremotos, causam deslocamentos.

E sim! É muito bonito observar uma menina com o mundo nas mãos! 
Tô quase aprendendo a rodar o pião também!!!"

Espero que este seja apenas o primeiro texto da Aline Gonçalves, publicado aqui no blog... afinal, segundo a Camila Bruno ela já está contlatada como colaboradora oficial...