quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Dica!

Para quem aprecia boa leitura, contação de histórias e dobraduras... Confira!


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

copinho voador


Tanto tempo sem colocar nada no blog só pode ser desculpado, ou pelo menos amenizado, com a dica de um brinquedo bem divertido. Se for bem simples de fazer, melhor. Então, que tal voar com um copinho? Quer dizer, com dois.

Para construir basta grudar dois copos descartáveis pela base. Pode ser com fita adesiva colorida ou transparente. Pode ser copo de café ou de água. Se for transparente (cristal) e estiver enfeitado com durex colorido, o efeito do vôo vai aumentar.

Para lançar, um pedaço de linha ou barbante fino.

Acabei de ver num site que ensina ciência (http://www.cienciamao.if.usp.br/tudo/exibir.php?midia=rip&cod=_indefinidocopinhovoador-_1) o passo a passo desenhado. Mas lá o lançamento é feito com um elástico (vou tentar para ver como fica...).

Ah! Já ia me esquecendo, é preciso treinar um pouco para aprender a lançar. O barbante deve ser enrolado na junção dos dois copos. Uma das pontas deve ficar presa na mão, e o conjunto deve ser lançado num movimento brusco: primeiro o braço vai para a frente, soltando o conjunto dos dois copinhos. Depois o braço volta para trás, puxando o barbante. Tudo isso bem rápido. (isso é mais complicado de explicar do que de fazer!).

Para quem já estiver craque em lançamento de copinho voador, o próximo desafio é fazer o conjunto parar de pé no chão. (Eu quase nunca consigo... Mas pelo que lembro a Andréa é ótima lançadora de copinhos)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Nova Geração

NOVA GERAÇÃO
No mês de setembro, aconteceu no ISPE-GAE (Instituto Superior de Psicomotricidade) um curso direcionado a quem trabalha com bebês, diferente do que estamos acostumadas a divulgar no blog.
Dentre as propostas estudadas, o grupo de alunos construiu uma nova geração dos bonecos anteriormente mostrados pelo Grupo Muriquinhos. Esse brinquedo é muito querido entre os bebês, pela relação sonora, pelo tamanho, pela articulação e pela beleza.

Veja abaixo o nosso resultado...



Os nomes são os mais variados: Bailarina, Machucado, Assustado, Narigudo... Cada um com a sua singularidade!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Ciclos e giros




Acabo de encontrar um bloquinho velho com algumas anotações esquecidas (ainda bem que foram anotadas!!!). Uma delas traduz um pouco do que sinto em relação ao uso dos materiais. Acho que disto nasce o meu encantamento pelos ciclos e pelos giros. Para ilustrar, um brinquedo que ganhei de um muriquinho engenheiro (ou será que é engenhoqueiro?), o João, marido da Ro, que já tem pelo menos duas fãs: eu e a Edna (nós adoramos as suas invenções).
Bom, lá vai a anotação:
"Cada coisa útil, como ferro, papel, etc. deve ser encarada sob duplo ponto de vista: segundo qualidade e quantidade. Cada uma dessas coisas é um todo de muitas propriedades e pode portanto ser útil sob diversos aspectos.
Descobrir esses diversos aspectos e portanto os múltiplos modos de se usar as coisas é um ato histórico" Karl Marx, em O Capital, vol. I, cap. 1

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Brincadeira para dias de chuva


Hoje, está chovendo de novo... então, lá vai uma dica de brincadeira para fazer em dias de chuva.
O bom é que o material necessário se resume a algum pedaço de papel, que pode ser de revista ou jornal, pode ser uma folha de rascunho, pode ser colorida ou branca e pode até ser de papel especial do Japão (se você não tiver dó de gastar essas preciosidades...).
Do que estou falando? Só pode ser de origami, ou, falando em português, de dobraduras.

Eu adoro fazer dobraduras, e quem me conhece, vai fazer uma pelo menos uma vez na vida. Meu pai vivia por onde ia, com um saquinho cheio de pedaços de papel, dobrando estrelinhas. Já fiz dobraduras mini-mini e dobraduras gigantes. Já passei horas desvendando mistérios de diagramas de dobraduras mais complexas.
E finalmente, já passei muitos bons momentos da minha vidinha, ensinando gente a fazer dobradura. Até para deficientes visuais já dei oficina de origami.
Agora que vocês já sabem da minha mania, escondam os papéis de mim ou entrem na brincadeira também.


Minha dica de site está em inglês, mas nada que impeça alguém de começar a fazer origamis:
Ah! Essas dobraduras das fotos, são um brinquedo muito conhecido: o come-come, que já vi gente chamando de unha de gato. Qualquer dia eu arranjo o passo a passo para vocês.



segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Bernúncia


"Olê Olê Olê Olê Olá
Arreda do caminho
que a bernúncia vai passar
A bernúncia é bicho brabo
Que engoliu mane João
Come pão, come bolacha
Come tudo que lhe dão"

Olhando assim de repente, você pode até pensar que esse bichão ai é um boitatá... mas não... essa é uma legítima bernúncia, a primeira e única que fiz, junto com a Lova e nossos alunos do CEU (uma época que tenho saudades demais da conta...).

A bernúncia é um personagem do boi-de-mamão catarinense. Além de ter suas semelhanças com o boitatá, também dizem ter parentesco com o dragão chinês. Da família dos bichos papões, que comem e encantam criancinhas, a bernúncia tem uma cabeça grande que abre e fecha a boca, e um corpo dançante, formado por pessoas que já foram engolidas.


Fazer uma dá muito trabalho. Mas quando a ajuda é grande, não há monstro que nos segure... Nessa bernúncia até as mães ajudaram costurando o corpo de tecido e bordando figuras. A cabeça, feita de embalagens de isopor, foi pintada pelas crianças.


Deu até pra fazer uma bernúncia bebê...
Quem quiser saber mais sobre como esse bichão surgiu, lá vai a dica de um ótimo site sobre cultura popular: http://www.jangadabrasil.com.br/revista/setembro70/fe70009a.asp

sábado, 1 de agosto de 2009

Camila

Esta postagem era para ser uma surpresa de aniversário, mas está saindo com um pouco de atraso, compensado por uma dose a mais de carinho...
A Camila, é aquele tipo de amiga que eu conheci antes de conhecer... ou melhor, conheci através das palavras da Ro. E foi por isso que achei mais justo a Ro escrever este post. Afinal, a Ro nunca escreveu aqui, e já estava na hora (quem sabe agora ela entre na brincadeira de blog também...).
Lá vão as palavras da Ro e sua seleção de fotos da Camila:


  • Pegar as tampinhas
  • Buscar as caixas
  • Escrever o projeto
  • Ligar para a Pri
  • Pedir os rolinhos
  • Perguntar sobre a reunião
  • Verificar o endereço onde vai ser a oficina...
Iniciar postando uma lista de coisas a serem ditas ou feitas é um bom começo para apresentar da Camila do grupo Muriquinhos. As pessoas do grupo são bem organizadas, mas a Camila... é extremamente organizada. É comum você estar conversando com ela e de repente ela sacar uma dessas listinhas para ver se não se esqueceu de falar nada. Ela diz que não consegue lembrar de tudo, por isso usa esse recurso.


A Camila brinca tanto com a memória que entre tantos brinquedos pesquisados e pensados pelo grupo, um dos nossos jogos da memória foi pensado por ela. É um dos brinquedos mais encantadores e visualmente muito bonito. Feito com tampinha de suco e um suporte de papelão ou madeira. O restante fica por conta da imaginação.
Agora o que define mesmo e Camila é sua transparência, ela fala com os olhos. Nada fica por vir, sempre deixa clara sua posição referente a um determinado assunto. Talvez isso explique a sua relação com as crianças. É muito verdadeira.


Se você tiver uma idéia cuidado... ela não descarta a possibilidade de virar realidade. Matuta, analisa... até virar fato. Quando isso não acontece é porque não tinha que ser mesmo.
Foi a partir da sólida amizade entre nós que surgiu o projeto “Uma Coisa Puxa a Outra”, com a parceria também da Monique (outra muriquinha que deve ser apresentada brevemente). O que tínhamos em comum? O olhar para o brincar na sua essência. Com o tempo descobrimos. Logo descobrimos outros com esse olhar e com o tempo, formou-se o grupo Muriquinhos.
Mas como nem tudo são rosas,como a Camila mesmo diz,... vou contar que às vezes ela é um pouco atrapalhada, mas sempre se sai muito bem.
Falar de cada muriquinho não é tarefa fácil, mas para falar de uma amiga como a Camila é preciso várias postagens em vários blogs, não só do Muriquinhos. Tenho muito carinho e admiração por ela.
É bom deixar registrado aqui uma coisa que digo sempre para a Camila e Priscila quando elas fazem uma criação ou mesmo quando falam uma coisa muito bacana.
“Que bom que sou sua amiga”.
Rosana Roza

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Lembrança

Ao ler a postagem da Pri "Pouca coisa, muita brincadeira", fiquei um tempo lembrando das coisas boas que passei ao lado de crianças... Dos brinquedos mais simples e encantadores que elas criam com tão pouco; do brilho no olhar e na realização de cada invenção; do quanto elas nos ensinam!
Divido alguns momentos com vocês.

Neste dia, só ofereci a natureza ainda que restrita nesta instituição, conta-gotas e água. Aprendi utilizar este material para o trabalho corporal com uma das minhas grandes referências na educação a Maria Amélia Pereira (Peo) da Casa Redonda.
Já neste momento, o material eram cones e argolas, primeiro elas utilizaram para demarcar o espaço de uma brincadeira e depois... Olhem o que a Janaína (05 anos) inventou! A caixa de areia e alguns objetos, tais como tampinhas, miniaturas, pratinhos, funil e etc., também propiciam muitas descobertas e fantasias.
Quando eu imaginaria que as fitinhas do pega-pega do rabinho de repente se transformariam nesta obra de arte, com proporção e harmonia?
E o rolo de fio (encontrado em obras de grande porte) que eu achava que era para andar em cima. Mas as crianças pensaram muito melhor!!!

"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende."(Guimarães Rosa)

Termino com um incentivo à lembrança... Assim como a Rosana me motivou com suas importantes reflexões e a Pri com seu texto!

Pouca coisa, muita brincadeira

A Rosana adora lembrar de frases que as pessoas dizem e citá-las, sempre dando a referência certinha. Eu já sou um pouco mais liquidificador: vou juntando tudo no mesmo frasco e quando resolvo usar já não sei mais quem disse o começo, o meio e o final da frase.
O que acontece é que algumas frases sempre ajudam a resgatar os nossos porquês. E é por isso que hoje vou citar uma frase da Rosana:
"Para brincar a gente precisa de muito pouco..."
e depois de dizer isso, ela em geral começa sua brincadeira envolvente com aquele simples pedaço de barbante.
A cada dia que pesquisamos brinquedos e brincadeiras, descobrimos que essa frase tem uma grande força. Em geral, são os brinquedos mais simples, com menos parafernálias, que mais encantam.
E muitas vezes, o material nem é realmente um brinquedo, mas o olhar é brincante...
Uma situação que vivi e que exemplifica isso que estou querendo dizer é essa que ficou registrada na minha memória e nas fotos.
Foi quando eu trabalhava lá no CEU Alvarenga (que tem várias boas histórias...). O coordenador cultural era o Guilherme Teixeira, que é cheio de ideias (suas e aproveitadas dos outros). Certo dia, ao chegar para o trabalho, antes mesmo de chegar ao ateliê, deparei com o chão do pátio externo sendo reformado. As pedras que formavam o piso, haviam sido retiradas e amontoadas, como se tivesse passado por ali uma marmota gigante.
Quando olhei para o Guilherme, não deu outra: resolvemos brincar de bloquinhos de construção, com bloquinhos de verdade. Comecei com minha turma de alunos, uns 12 no máximo. Quando percebemos, tinha tanta gente que parou por ali para brincar também, que as construções foram se fundindo umas às outras. A aula voou e foi o dia que tive mais "alunos". O Guilherme contou uns 50 pelo menos. E de todas as idades.


Agora eu brinco de lembrar...
E voltando à frase da Ro:
"Para brincar a gente precisa de muito pouco...", eu complemento: "o certo é que precisamos brincar."

domingo, 19 de julho de 2009

Pri


Como revelar esta grande pessoa, quer dizer, nem tão grande assim? Pequena de tamanho, mas grande de alma e de talento!
“Se um homem encara a vida de um ponto de vista artístico, seu cérebro passa a ser seu coração”. (Oscar Wilde)
Só pode ser isso o que aconteceu com a Pri...Toda vez que eu acho que ela está descansando, a Rô me liga e fala: você não sabe o que a Pri inventou! Então, fico curiosa para descobrir...
Ela criou os brinquedos mais preciosos que temos no nosso grupo: os bonecos, o puxa-puxa, o pula-pula... Sem descrever as pesquisas que ganham um espaço especial.

Pode parecer papo de amiga, mas não é... Tenho pouco contato direto com a Pri, mas já testemunhei muitas pessoas adoçando a boca para falar dela, não apenas como artista e educadora, mas como Ser Humano.
Ah! E para quem acha que já acabou, a Pri “mil e uma utilidades” também é a pioneira e mestra na arte de teclar... A criação do Blog, a beleza de bordas, efeitos especiais e muitas outras brincadeiras virtuais, aprendemos com ela! Também pilota o Excel, é a Muriquinha Matemática, aquela que faz todas as contas, de todas as espécies.
Nem tudo são rosas... Ela também é a mais brava dos Muriquinhos, principalmente quando uma bagunça se instala, ou quando chegamos atrasadas... Apesar de Japonesa a sua pontualidade é Britânica!
Demoramos a apresentá-la, pois são tantos os atributos, que... Deixa para o próximo!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Érick

Não se assustem! Não é a foto de nenhum criminoso, apesar da barba mal feita e dos cabelos de capitão caverna.
Na verdade, trata-se de uma pessoa muito ilustre: "O INVENTOR DO NOME DO GRUPO". É isso mesmo, foi o Erick que deu a ideia do nome do grupo ser Muriquinhos.
O grupo, com poucos componentes, já existia e já tinha realizado alguns trabalhos, mas não tinha nome. Um dia, um dos nossos parceiros pediu um projeto escrito. Rosana, Camila e eu escrevemos um belo projeto, baseado em um que já havíamos testado em escolas: o "Uma Coisa Puxa a Outra". O projeto ficou lindo, mas ficou faltando o nome do grupo. Ficamos pensando um tempão... e nada. Até que um outro dia, eu brinquei, desafiando o Erick a dar um nome para o grupo. E qual não foi minha surpresa, quando logo de cara, o sujeito da foto ai de cima, todo folgado sentado (deitado) no sofá de casa (ele é meu enteado) resgatou de sua memória esse nome tão perfeito para o grupo: "Muriquinhos".
O grupo ganhou o nome e eu aprendi a respeitar mais ainda o Erick.
Ele é da primeira safra de muriquinhos, talvez um dos muricos que mais tenha brincado e representado a gente. É um brincante, de alma e de estudos. Dança frevo, mergulhão, coco e outras danças da cultura popular. Segundo seu pai, o Oscar, é dono da melhor expressão corporal que já se viu. Talvez seja um exagero de pai, mas que dá gosto ver ele num jogo de capoeira, dá.
Nas brincadeiras vive inventando algum desafio a mais.
Além de meu enteado, ele já foi meu assistente de ateliê, no Parangolé, em Jundiaí. Uma época que deixou saudades.
Agora que não moramos mais na mesma casa, sinto falta das nossas conversas, principalmente porque ele não escondia suas opiniões.

Ah! E para quem se interessar, ele também tem uma banda de forró. Quem sabe, um dia vai ser um muriquinho de muita fama.