quarta-feira, 22 de julho de 2009

Lembrança

Ao ler a postagem da Pri "Pouca coisa, muita brincadeira", fiquei um tempo lembrando das coisas boas que passei ao lado de crianças... Dos brinquedos mais simples e encantadores que elas criam com tão pouco; do brilho no olhar e na realização de cada invenção; do quanto elas nos ensinam!
Divido alguns momentos com vocês.

Neste dia, só ofereci a natureza ainda que restrita nesta instituição, conta-gotas e água. Aprendi utilizar este material para o trabalho corporal com uma das minhas grandes referências na educação a Maria Amélia Pereira (Peo) da Casa Redonda.
Já neste momento, o material eram cones e argolas, primeiro elas utilizaram para demarcar o espaço de uma brincadeira e depois... Olhem o que a Janaína (05 anos) inventou! A caixa de areia e alguns objetos, tais como tampinhas, miniaturas, pratinhos, funil e etc., também propiciam muitas descobertas e fantasias.
Quando eu imaginaria que as fitinhas do pega-pega do rabinho de repente se transformariam nesta obra de arte, com proporção e harmonia?
E o rolo de fio (encontrado em obras de grande porte) que eu achava que era para andar em cima. Mas as crianças pensaram muito melhor!!!

"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende."(Guimarães Rosa)

Termino com um incentivo à lembrança... Assim como a Rosana me motivou com suas importantes reflexões e a Pri com seu texto!

Pouca coisa, muita brincadeira

A Rosana adora lembrar de frases que as pessoas dizem e citá-las, sempre dando a referência certinha. Eu já sou um pouco mais liquidificador: vou juntando tudo no mesmo frasco e quando resolvo usar já não sei mais quem disse o começo, o meio e o final da frase.
O que acontece é que algumas frases sempre ajudam a resgatar os nossos porquês. E é por isso que hoje vou citar uma frase da Rosana:
"Para brincar a gente precisa de muito pouco..."
e depois de dizer isso, ela em geral começa sua brincadeira envolvente com aquele simples pedaço de barbante.
A cada dia que pesquisamos brinquedos e brincadeiras, descobrimos que essa frase tem uma grande força. Em geral, são os brinquedos mais simples, com menos parafernálias, que mais encantam.
E muitas vezes, o material nem é realmente um brinquedo, mas o olhar é brincante...
Uma situação que vivi e que exemplifica isso que estou querendo dizer é essa que ficou registrada na minha memória e nas fotos.
Foi quando eu trabalhava lá no CEU Alvarenga (que tem várias boas histórias...). O coordenador cultural era o Guilherme Teixeira, que é cheio de ideias (suas e aproveitadas dos outros). Certo dia, ao chegar para o trabalho, antes mesmo de chegar ao ateliê, deparei com o chão do pátio externo sendo reformado. As pedras que formavam o piso, haviam sido retiradas e amontoadas, como se tivesse passado por ali uma marmota gigante.
Quando olhei para o Guilherme, não deu outra: resolvemos brincar de bloquinhos de construção, com bloquinhos de verdade. Comecei com minha turma de alunos, uns 12 no máximo. Quando percebemos, tinha tanta gente que parou por ali para brincar também, que as construções foram se fundindo umas às outras. A aula voou e foi o dia que tive mais "alunos". O Guilherme contou uns 50 pelo menos. E de todas as idades.


Agora eu brinco de lembrar...
E voltando à frase da Ro:
"Para brincar a gente precisa de muito pouco...", eu complemento: "o certo é que precisamos brincar."

domingo, 19 de julho de 2009

Pri


Como revelar esta grande pessoa, quer dizer, nem tão grande assim? Pequena de tamanho, mas grande de alma e de talento!
“Se um homem encara a vida de um ponto de vista artístico, seu cérebro passa a ser seu coração”. (Oscar Wilde)
Só pode ser isso o que aconteceu com a Pri...Toda vez que eu acho que ela está descansando, a Rô me liga e fala: você não sabe o que a Pri inventou! Então, fico curiosa para descobrir...
Ela criou os brinquedos mais preciosos que temos no nosso grupo: os bonecos, o puxa-puxa, o pula-pula... Sem descrever as pesquisas que ganham um espaço especial.

Pode parecer papo de amiga, mas não é... Tenho pouco contato direto com a Pri, mas já testemunhei muitas pessoas adoçando a boca para falar dela, não apenas como artista e educadora, mas como Ser Humano.
Ah! E para quem acha que já acabou, a Pri “mil e uma utilidades” também é a pioneira e mestra na arte de teclar... A criação do Blog, a beleza de bordas, efeitos especiais e muitas outras brincadeiras virtuais, aprendemos com ela! Também pilota o Excel, é a Muriquinha Matemática, aquela que faz todas as contas, de todas as espécies.
Nem tudo são rosas... Ela também é a mais brava dos Muriquinhos, principalmente quando uma bagunça se instala, ou quando chegamos atrasadas... Apesar de Japonesa a sua pontualidade é Britânica!
Demoramos a apresentá-la, pois são tantos os atributos, que... Deixa para o próximo!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Érick

Não se assustem! Não é a foto de nenhum criminoso, apesar da barba mal feita e dos cabelos de capitão caverna.
Na verdade, trata-se de uma pessoa muito ilustre: "O INVENTOR DO NOME DO GRUPO". É isso mesmo, foi o Erick que deu a ideia do nome do grupo ser Muriquinhos.
O grupo, com poucos componentes, já existia e já tinha realizado alguns trabalhos, mas não tinha nome. Um dia, um dos nossos parceiros pediu um projeto escrito. Rosana, Camila e eu escrevemos um belo projeto, baseado em um que já havíamos testado em escolas: o "Uma Coisa Puxa a Outra". O projeto ficou lindo, mas ficou faltando o nome do grupo. Ficamos pensando um tempão... e nada. Até que um outro dia, eu brinquei, desafiando o Erick a dar um nome para o grupo. E qual não foi minha surpresa, quando logo de cara, o sujeito da foto ai de cima, todo folgado sentado (deitado) no sofá de casa (ele é meu enteado) resgatou de sua memória esse nome tão perfeito para o grupo: "Muriquinhos".
O grupo ganhou o nome e eu aprendi a respeitar mais ainda o Erick.
Ele é da primeira safra de muriquinhos, talvez um dos muricos que mais tenha brincado e representado a gente. É um brincante, de alma e de estudos. Dança frevo, mergulhão, coco e outras danças da cultura popular. Segundo seu pai, o Oscar, é dono da melhor expressão corporal que já se viu. Talvez seja um exagero de pai, mas que dá gosto ver ele num jogo de capoeira, dá.
Nas brincadeiras vive inventando algum desafio a mais.
Além de meu enteado, ele já foi meu assistente de ateliê, no Parangolé, em Jundiaí. Uma época que deixou saudades.
Agora que não moramos mais na mesma casa, sinto falta das nossas conversas, principalmente porque ele não escondia suas opiniões.

Ah! E para quem se interessar, ele também tem uma banda de forró. Quem sabe, um dia vai ser um muriquinho de muita fama.




sexta-feira, 10 de julho de 2009

Arquibaldo capa de jornal

Olha só quem virou capa de jornal!!!
A emoção do Arquibaldo foi tanta que quase que seu coração sensível não aguenta!!!
Quando tiraram as fotos ele nem imaginava que ia virar capa da Folhinha e que muitas crianças iam conhecê-lo. O Agripino e o Galileu ficaram meio inciumados:
- "Aposto que escolheram ele só porque ele é chorão", disse o Galileu;
- "Eu sou muito mais charmoso", completou o Agripino.
Mas o caso é que realmente é difícil resistir ao coração do Arquibaldo...
Além do Arquibaldo na capa, a Folhinha deste próximo sábado (11 de julho) tem também dois passo a passos de brinquedos da coleção Muriquinhos.
Vale a pena conferir os muriquinhos mirins, João Pedro e João Maurício, fotografados enquanto construiam os brinquedos.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Agripinos



Neste ano, muitos "Agripinos" vieram ao mundo e cada vez que um Agripino nasce, aparece mais uma pessoa querendo aprender a fazer o seu.

Então, lá vai mais uma vez o passo a passo de construção dos bonecos. Mas lembrem-se, ele fica aqui por apenas um tempinho. Aproveitem!!!

Ah! E se possível, mande foto do seu boneco pronto para pri.okino@uol.com.br. Assim posso colocar a foto dele aqui.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Do outro lado do mundo

As tramas de barbante não são exclusividade brasileira. Lá do outro lado do mundo, no Japão, a cama-de-gato recebe o nome de ayatori. Algumas figuras são muito complexas, mas para começar é melhor tentar algo mais simples.
Veja se você consegue seguir essas instruções para fazer uma vassoura de bruxa:

1- Coloque o barbante entre o polegar e o mindinho como na figura. Puxe no local indicado pela estrela;
2- Passe a mão por dentro da alça e puxe no local indicado pelas estrelas;
3- Para isso encaixe o dedo indicador e o mindinho nos locais indicados formando duas alças quando terminar de puxar;
4- Encaixe os dedos indicador, pai de todos e anelar nos locais indicados pelas letras A, B e C respectivamente;
5- Jogue as alças para as costas da mão e puxe no local indicado pela estrela;
6- Pronto!!! Agora é só sair voando...
Se achou difícil, tente várias vezes. Se achou fácil, entre no YouYube para tentar algo um pouco mais difícil:
http://www.youtube.com/watch?v=I-QGwi0rWR4&feature=fvw
Boa diversão!!!


terça-feira, 7 de julho de 2009

No fio da história

Depois desse longo período sem internet, eu volto com boas notícias.
A primeira é notícia mesmo, notícia de jornal. E melhor ainda, notícia para crianças... Saiu no blog da Folhinha uma matéria sobre a Rosana e suas histórias de barbante.
Esse projeto da Rosana de contar histórias usando um fio de barbante já tem um bom tempo. Vira e mexe encontramos ela com um pedaço de barbante no pescoço procurando uma rodinha de crianças para encantar com suas histórias.
No muriquinhos, barbante é um dos brinquedos que mais faz sucesso. O que dá de criança de todos os tamanhos querendo entender como fazer as tramas não dá pra contar nos dedos, nem juntando os das mãos com os dos pés.
Quem quiser conferir o vídeo da Rosana na Folhinha é só clicar no link abaixo:
Ah! Mas quem quiser conferir ao vivo, a Rosana vai estar na Livraria da Vila no final de julho:

"NO FIO DA HISTÓRIA"
Histórias contadas e cantadas por um fio
Com Rosana Roza
Dia:30/julho/09 - quinta-feira das 16h às 17h
Local: Livraria Vila loja da Alameda Lorena
Apoio: Cooperativa Crescer
Idade Indicada: a partir de 3 anos