quarta-feira, 22 de julho de 2009

Pouca coisa, muita brincadeira

A Rosana adora lembrar de frases que as pessoas dizem e citá-las, sempre dando a referência certinha. Eu já sou um pouco mais liquidificador: vou juntando tudo no mesmo frasco e quando resolvo usar já não sei mais quem disse o começo, o meio e o final da frase.
O que acontece é que algumas frases sempre ajudam a resgatar os nossos porquês. E é por isso que hoje vou citar uma frase da Rosana:
"Para brincar a gente precisa de muito pouco..."
e depois de dizer isso, ela em geral começa sua brincadeira envolvente com aquele simples pedaço de barbante.
A cada dia que pesquisamos brinquedos e brincadeiras, descobrimos que essa frase tem uma grande força. Em geral, são os brinquedos mais simples, com menos parafernálias, que mais encantam.
E muitas vezes, o material nem é realmente um brinquedo, mas o olhar é brincante...
Uma situação que vivi e que exemplifica isso que estou querendo dizer é essa que ficou registrada na minha memória e nas fotos.
Foi quando eu trabalhava lá no CEU Alvarenga (que tem várias boas histórias...). O coordenador cultural era o Guilherme Teixeira, que é cheio de ideias (suas e aproveitadas dos outros). Certo dia, ao chegar para o trabalho, antes mesmo de chegar ao ateliê, deparei com o chão do pátio externo sendo reformado. As pedras que formavam o piso, haviam sido retiradas e amontoadas, como se tivesse passado por ali uma marmota gigante.
Quando olhei para o Guilherme, não deu outra: resolvemos brincar de bloquinhos de construção, com bloquinhos de verdade. Comecei com minha turma de alunos, uns 12 no máximo. Quando percebemos, tinha tanta gente que parou por ali para brincar também, que as construções foram se fundindo umas às outras. A aula voou e foi o dia que tive mais "alunos". O Guilherme contou uns 50 pelo menos. E de todas as idades.


Agora eu brinco de lembrar...
E voltando à frase da Ro:
"Para brincar a gente precisa de muito pouco...", eu complemento: "o certo é que precisamos brincar."

Um comentário: